A água, o fogo, a terra e o ar pensaram em deixar uma recordação que perpetuasse através das idades a felicidade de seu encontro. Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um deles harmonicamente combinados, fosse também a expressão de suas diferenças e independência, e servisse de símbolo e exemplo para o homem. Eu porei as melhores forças de minhas entranhas - disse a terra - e alimentarei suas raízes. Eu porei as melhores linfas de meus seios - disse a água - e farei crescer sua haste. Eu porei minhas melhores brisas - disse o ar - e tonificarei a planta. Eu porei todo o meu calor - disse o fogo - para dar às suas corolas as mais formosas cores. Fibra sobre fibra foram construídas as raízes, a haste, as folhas e as flores. O sol abençoou-a e a planta deu entrada na flora regional, saudada como rainha. Quando os quatro elementos se separaram, a Flor de Lótus brilhava no lago em sua beleza imaculada, e servia para o homem como símbolo da pureza e perfeição humana. Tal como a flor do lótus cresce da escuridão do lodo para a superfície da água, abrindo suas flores somente após ter-se erguido além da superfície, ficando imaculada de ambos, terra e água, que a nutriram - do mesmo modo a mente, nascida no corpo humano, expande suas verdadeiras qualidades (pétalas) após ter-se erguido dos fluidos turvos da paixão e da ignorância, e transforma o poder tenebroso da profundidade no puro néctar radiante da consciência Iluminada. Se o impulso para a luz não estivesse adormecido na semente profundamente escondida na escuridão da terra, o lótus não poderia se voltar em direção à luz. Se o impulso para uma maior consciência e conhecimento não estivesse adormecido mesmo no estado da mais profunda ignorância um Iluminado nunca poderia se erguer da escuridão.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Oxalá criou o mundo

Oxalá criou a terra, Oxalá criou o mar,
Oxalá criou o mundo onde reina os Orixás
A pedra deu pra Xangô, meu pai é rei justiceiro
As matas deu para Oxossi, caçador grande guerreiro
Mar com pescaria farta, ele deu para Iemanjá
Os rios deu para Oxum, os ventos para Oiá
Grandes campos de batalha deu para Ogum guerreiro
Campinas, pai Oxalá, deu para seu Boiadeiro.
Jardim com lindos gramados deu pras crianças brincar.
Oxalá criou o mundo onde reina os Orixás
Oxalá criou a terra, Oxalá criou o mar,
Oxalá criou o mundo onde reina os Orixás
O poço deu pra Nanã, a mais velha orixá.
E o Cruzeiro bendito deu pras Almas trabalhar.
Finalmente deu as ruas com estrelas e luar
Pra Exus e Pombo giras nossos caminhos guardar.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

ORAÇÃO DO AMOR

Senhor do Amor!
Ilumine meus olhos para que eu veja os defeitos da minha alma e vendo-os, que eu não comente os defeitos alheios.
Leve de mim a tristeza e não a entregue a mais ninguém.
Enche meu coração com a divina fé, para sempre louvar o Seu nome.
Arranque de mim o orgulho e a presunção.
Senhor do Amor!
 


Faça de mim um ser humano realmente justo e bom.
Dê-me a esperança de vencer todas as minhas ilusões.
Plante em meu coração a sementeira do amor e ajude-me a fazer feliz o maior número possível de pessoas, para ampliar seus dias risonhos e resumir suas noites tristonhas.
Transforme meus rivais em companheiros,

Meus companheiros em amigos
E meus amigos em ENTES QUERIDOS.
Não permita que eu seja um cordeiro perante os fortes,
Nem um leão perante os fracos.
Dê-me, Senhor do Amor, O sabor de perdoar tudo e todos.
Afaste de mim, o desejo de vingança, mantendo sempre em meu coração somente o AMOR.
Neste mundo de desamor em que vivemos,
Se cada um de nós plantarmos uma sementinha de paz,
Esperança e harmonia,

Nós conseguiremos fazer do nosso planeta um campo de amor e compreensão.

Entregue sempre o seu amor mesmo que ele não seja aceito,
Faça a sua parte.
Cultiva em ti a planta do amor,
Pois dela só poderá vir o que é verdadeiramente bom. Por amor.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Mensagem de encerramento dos trabalho no ano de 2011

Quando Eu e Luis decidimos fazer o encerramento dos trabalhos e resolvemos que ele seria aberto a assistência pensamos que deveríamos transmitir uma mensagem a todos. A idéia principal do encerramento surgiu quando nós assistíamos ao show do Roberto Carlos. Ali quando eu ouvi a música A montanha eu falei: vamos pensar em algo como essa musica. 
O encerramento foi surgindo aos poucos com um texto lido aqui, um livro lido ali. Uma frase que surgia. Uma musica que escutávamos. E ao final tínhamos feito tantas mudanças que no final percebemos que a música que tinha dado origem a tudo não aparecia mais. Então resolvi ler novamente a letra e compreendi que ela estava mais presente em cada parte desse encerramento do que qualquer um pode imaginar:



Eu vou subir a montanha e ficar bem mais perto de Deus e rezar
Eu vou gritar para o mundo me ouvir e acompanhar
A mostrar como é o meu grito de amor e de fé.
         
Fiquei tão emocionada porque mesmo sem lembrar intitulamos o encerramento e resolvemos que a mensagem que iríamos passar seria de: AMOR & FÉ.
E olha a mensagem ai na música.
Daí eu me dei conta de que essa era a mensagem dada por Jesus. E me lembrei que o nome do personagem principal do livro que estou lendo é Pescador. Então tudo clareou em minha mente e vi que Jesus foi um pescador: um Pescador de Almas e que a mensagem a ser transmitida nessa noite é amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Tentemos ser Pescadores de Alma como Jesus foi.

Hoje vamos falar para vocês sobre o amor e a fé.
O dom do amor não é completo sem o dom da fé, mas, enquanto o dom da féconcentra o ser humano o dom do amor multiplica o espírito humano.
E nós temos muitas formas de amor. Entre eles temos:
O amor a Deus e o amor de Deus;
O amor a criação divina e ao Universo;
o amor aos nossos semelhantes;
E o melhor dos amores: o amor à vida.
Sim, só vive quem ama e só consegue amar quem vive verdadeiramente.
E não estamos falando de paixão ou desejo.
Você pode desejar alguma coisa e mesmo assim não amá-la.
Falamos sobre amor.
Aquele amor que se apresenta nos momentos de alegria, mas principalmente o amor que auxilia nos momentos difíceis.
O amor é uma das formas mais belas e nobres de Deus manifestar-se em nós, e de nós nos manifestarmos em Deus.
É só pelo amor que Deus tem por nós que Ele, Deus, mantém Sua confiança e amor em nós.
Por isso nunca deveríamos perder nossa fé e amor n’Ele.
Sabemos que não é tarefa fácil convencer alguém que está magoado nos seus sentimentos a acreditar novamente na força do amor.
Mas essa é a minha tarefa e a do Luis: fazer com que vocês acreditem em um mundo melhor com o Amor

Não há nenhum sonho que não tenha uma chance de
Se tornar realidade.
Basta somente um pouco de fé, e qualquer coisa que queiramos fazer nós poderemos fazer.
Não há nada no nosso caminho que o amor não possa passar por cima.
Nós podemos atravessar a noite e chegar até a luz com o  amor para iluminar nosso caminho.
Com um pouco de fé, um pouco de confiança,
Somente acredite:
acredite em você e em nós,
Nós poderemos fazer qualquer coisa,
Superar qualquer coisa,
Por que para tudo, o Amor sempre achará um modo.



O amor é maior do que a fé e a esperança.
O amor é caridade, decisão e dedicação.
É um exercício de jardinagem:
Prepare o terreno,
Semeie, seja paciente, regue e cuide.
Esteja preparado porque haverá pragas,
Secas ou excesso de chuvas,
Mas nem por isso abandone o seu jardim.

Ame, ou seja,
Aceite,
Valorize,
Respeite,
Dê afeto,
Ternura,
Admire e compreenda.
Simplesmente ame!
A vida sem amor não tem sentido.


E não sabemos se a vida é curta ou longa demais,
Mas percebemos que nada do que vivemos tem sentido,
Se nós não tocarmos o coração das pessoas.
E muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe
Braço que envolve
Palavra que conforta
Silêncio que respeita
Alegria que contagia
Lágrima que corre
Olhar que acaricia
Desejo que sacia
Amor que promove
E isso não é coisa do outro mundo.
É o que dá sentido a vida.
E o que faz com que ela não seja curta,
Nem longa demais.
Mas que seja intensa, verdadeira e pura...
Enquanto durar.
E isso só é possível com muito amor.

E preste atenção:

Um dia o ar se encheu de amor
E em todo o seu esplendor as vozes cantaram.
Seu canto ecoou pelos campos,
Subiu as montanhas e chegou ao universo.
Entao lembre-se sempre de agradecer:
Para que as estrelas não parem de brilhar
E as crianças não deixem de sorrir
E que os homens jamais se esqueçam de agradecer
Obrigado Oxalá por eu saber
Que tudo isso me mostra o caminho que leva a Você
E não se esqueça:
Ainda que nós falassemos a língua dos homens.
E falassemos a língua dos anjos, sem amor nós nada seriamos.
Boa noite a todos!
Vão em paz!
Feliz Natal! Um Ano novo de muita luz!

Meu muito obrigado a: Legião Urbana, Diogo Nogueira,
Roberto Carlos, Rubens Saraceni, Cora Coralina,
Celine Dion, Padre Marcelo, Zeca Pagodinho
e a Deus.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Oração do Perdão

E eu pergunto:
Como sentir que tudo está em harmonia e em ordem se nossa Fé é muitas vezes tão escassa? Como sentir que tudo está em harmonia se o passado incomoda tanto? Se a mágoa, aquela de anos ou de dias atrás, ainda pulsa em nós com tanto vigor como se o passado fosse presente.
Somos tão exigentes, somos tão duros, somos tão cheios de razão e verdade, como abaixar a cabeça e reconhecer a necessidade de perdão a partir de nós mesmos? Como olhar para o outro como Outro? Como olhar para as situações como momentos de aprendizado “apenas”? Como perdoar? Como se perdoar? Como pedir perdão?

Acredito que a primeira compreensão que devemos ter para perdoar, seja a nós mesmos ou ao próximo, está na constatação de que todos nós ainda somos imperfeitos, conseqüentemente, precisamos ser mais tolerantes, tanto conosco, como com o outro. Não há ninguém, aqui nesse nosso “mundo” material, que tenha atingido a perfeição, por isso, o erro faz parte das nossas vidas.

Oração do Perdão

Perdoa Senhor de infinito amor e bondade, todo e qualquer tipo de prejuízo que eu tenha praticado ao longo de minha existência, contra quem quer que seja, ilumina os corações e as mentes dessas pessoas que sofreram por minha causa e faz com que também elas possam me perdoar.
Peço perdão por todos os erros cometidos por meus antepassados, que já se encontram no mundo espiritual, que todas as suas dívidas sejam anistiadas e que recebam a graça da Elevação Espiritual para um plano de luz e paz, onde possam continuar sua jornada de evolução e trabalhar de acordo com teu Plano Divino.
Que o amor de Jesus e Maria, presente em meu coração, me capacite a perdoar toda e qualquer ofensa praticada contra mim, para que eu seja liberado de toda e qualquer ofensa praticada contra mim, para que eu seja liberado de toda mágoa, de todo ódio ou rancor.
Eu perdôo a mim próprio pelas culpas que carreguei até hoje, pois acredito no perdão Divino e aceito a nova chance que estou tendo.
Que as Entidades da hierarquia à qual pertenço possam me proteger contra os perigos e vícios, a fim de que eu consiga praticar o amor ao próximo.
Liberta-me de todos os preconceitos e da escravidão às paixões.
Que eu possa contribuir para a construção de um mundo bem melhor de paz, de compaixão e solidariedade entre os homens e as religiões.

Assim eu determino.


Escrito por Mãe Mônica Caraccio

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Oração a Iemanjá

Acredito, afirmo e creio tão plenamente que Iemanjá é capaz de nos amparar momentos de desespero por entender o que é Ser Mãe, por vivenciar o “preocupar” de Mãe e por saber que uma Mãe Verdadeira e Grandiosa como Ela É, nunca abandona um filho, esteja ele em que condição estiver.
Acredito, afirmo e creio tão plenamente que Iemanjá é habilíssima nessa ajuda por saber a força e a potência que têm suas águas salgadas e suas ondas, por presenciar muitas vezes energias e forças negativas serem totalmente anuladas ou afastadas depois de um banho de mar ritualístico tomado com todo respeito e cumprimento de seus fundamentos.

Mãe Iemanjá,
Derramai vossos poderosos fluídos sobre todos nós.
Que vossa misericórdia continue a se estender sobre todos os reinos.
Que os fracos sejam protegidos pelos vossos braços e que os humildes sejam enaltecidos pelo ruído do mar.
Que os orgulhosos percam a arrogância e sintam como é bom ser bom, porque a maldade só nos torna
Pequenos perante o vosso reino Senhora.
Que os doentes recebam de vós, minha Santa Rainha,
A cura para todos os males, através das emanações e de vossas vibrações e que nós sejamos purificados em vossas sagradas águas.
Que a força do vosso reino seja para nós um escudo contra as más influências dos seres inferiores, pois ainda somos crianças no reino em que vivemos e mal o conhecemos.
Que o vosso sagrado manto agasalhe todos os necessitados e traga o vosso calor de Santa Mãe, que vós sois.
Senhora tende piedade de tantos que, como eu, vos invocamos neste momento sublime.
Atenda-nos em nossos pedidos Senhora Rainha do mar e para tanto deixamos nossas suplicas na sétima onda do vosso mar.
Assim seja.

Mãe Monica Caraccio

Iemanjá

Dia 8 de dezembro comemoramos o dia de Iemanjá.
Iemanjá é a Rainha do Mar, a grande mãe da Umbanda que cuida de todos nós
Iemanjá é aquela necessidade que temos de saber se aqueles que amamos estão bem, é a dor pela preocupação, é o amor ao próximo, é a manutenção da harmonia do lar. Iemanjá é o Orixá que rege nossos lares, nossas casas, é ela quem dá o sentido da família às pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto.
Iemanjá é geradora, é vida, pois é ela que nos traz oportunidades de crescimento em todos os sentidos da vida. Oferenda mos Iemanjá quando precisamos de coisas novas em nossos caminhos, por isso pedimos a Ela que gere em nós a vontade de viver, de crescer, de melhorar, etc. Pedimos que Ela gere em nós, e para nós, novas oportunidades em todos os sentidos da vida.
É tão generosa quanto às águas que representa e cobrem uma boa parte do planeta. Iemanjá é o útero de toda a vida, elevada à posição principal da figura materna no panteão de iorubá. Seu sincretismo com a Nossa Senhora e a Virgem Maria lhe conferem a supremacia hierárquica na função materna que representa. É a Deusa da compaixão, do perdão e do amor incondicional. Ela é toda "ouvidos" para escutar seus filhos e os acalenta no doce balanço de suas ondas. Ela representa as profundezas do inconsciente, o movimento rítmico, tudo que é cíclico e repetitivo. A força e a determinação são suas características básicas, assim como o seu sentimento de amizade e zelo incondicional.
Seus símbolos são a lua minguante, ondas e peixes; suas cores são o branco cristalino ou o azul claro; seu instrumento é o abebé, um leque em forma circular prateado que pode trazer um espelho no centro; sua pedra é o Diamante; ervas principais: jasmim, graviola, musgo marinho encontrado nas pedras do mar, colônia, rosa branca, malva branca, flor de laranjeira entre outras; seu ponto de força é o mar.

Mãe Monica Caraccio

Reflexões

As semanas deste final de ano têm sido bem agitadas, afinal inexperiente, eu não imaginei que fosse tão difícil organizar sacolinhas para doação de natal. Mesmo assim me inscrevi em um curso, continuei lendo meus livros, e buscando conhecer, me instruir, me melhorar.
Assim comecei a última semana de novembro, primeira de dezembro fazendo um curso sobre umbanda. Como é bom estudar e saber que se está no caminho certo. Poder nomear as coisas que fazemos é de uma riqueza que não tem preço.
Foi assim meu domingo, 27 de novembro. Dei uma forma real aos textos lindos que recebo toda semana e que releio em meu centro. Conheci a mãe Monica. Aprendi que mais importante que julgar é conhecer. Talvez por isso Sócrates, o filósofo, a dois mil anos já dizia: conhece-te a ti mesmo. Conhecendo o nosso interior saberemos que o julgamento é moral e depende da cultura, da educação e da atitude particular de cada um.
Na terça-feira eu compreenderia essa teoria na prática. Ao assistir ao programa SBT Repórter pude ver como é importante saber discernir as coisas. A reportagem falava sobre os cultos de candomblé na Bahia. A reverência a Nanã Buroque, Nossa Senhora no catolicismo, comidas de santo, etc.
Apresentou as baianas que ganham a vida fazendo acarajé para vender. Explicou que o acarajé inicialmente era uma comida de santo em homenagem a Iansã, e que assim é vendido a todos, apesar de sabermos sua origem. Porém, mostrou a nova realidade baiana: as igrejas evangélicas que crescem em grande proporção em solo baiano.
Nada disso me causou incomodo, afinal cada um que reverencie Deus da forma que achar melhor. A minha surpresa foi saber que agora também é vendido em solo baiano o acarajé de Jesus. E que para os evangélicos que acima de tudo são baianos, o acarajé de Jesus pode ser comido porque é feito para um Deus verdadeiro, o deus da bíblia. Já o acarajé da baiana não pode ser comido porque é feito para um Deus que nem a própria baiana sabe se existe, um Deus falso, mentiroso.
E eu percebi a importância do conhecimento sem julgamento. Falamos tanto de intolerância religiosa, intolerância sexual, mas isso tudo me fez pensar que na verdade vivemos a intolerância humana. O homem não é capaz de tolerar o que é diferente.
Ele não percebe que somos iguais na nossa diferença. Somos acima de tudo seres que nascem, crescem, respiram e morrem. Isso não é diferente. A beleza de viver se apaga porque não somos capazes de tolerar. Não toleramos nada que não saia de nós mesmos.
E assim vamos vivendo, repetindo os mesmos erros: os nossos erros e de nossos antepassados. E passei a semana com todos esses pensamentos borbulhando em minha mente pensando no que podemos fazer para melhorar essa convivência? O que é preciso acontecer para que o ser humano aprenda a dividir multiplicando e não diminuindo...
Assim fechei a semana assistindo ao programa Altas horas e vendo uma de suas atrações me mostrarem o caminho para essa mudança: a música.
Segundo o colunista Renato Kramer “O engenheiro de som americano Mark Johnson com o objetivo de conectar diferentes culturas e mentalidades criou um projeto que se utiliza da música como instrumento para buscar a Paz. Assim foi formada a banda Playing For Change, com artistas de diversas nacionalidades. Músicos de rua, em sua maioria”.
Kramer disse que “Mark contou que estava andando numa estação do metrô de Nova York, quando viu duas figuras com túnicas brancas, parecendo monges. Um tocava e o outro cantava lindamente. Disse que ficou fascinado com a qualidade do que ouvia e o quanto eles atraiam a atenção do público. "A grande habilidade que a música tem de aproximar as pessoas", disse Mark. Foi aí que decidiu montar um estúdio de som móvel e "procurar pelos momentos de música e inspiração onde eles estivessem".
O clipe musical do Playing For Change, que reuniu 35 músicos de todos os cantos do mundo acompanhando o cultuado cantor de Rua Roger Ridley em "Stand By Me" (Jerry Leiber, Mike Stoller, Ben E. King), já está na casa dos cinquenta milhões de acessos no YouTube, segundo Serginho Groisman. De "brasileiro" no clipe, o belo som do cavaquinho de Cesar Pope.
Para os músicos o bonito do projeto é que ele une os povos nas suas diferenças. Somos diferentes, mas podemos conviver com isso porque o mundo só terá paz quando soubermos respeitar o nosso semelhante.
Pela música e através dela poderemos construir um mundo melhor: tolerante, diferente, igual, harmonioso, sensível.


Participem, tolerem, apóiem. Faça diferente. 
Seja a diferença nesse mundo tão conturbado e necessitado de paz, tolerância e sabedoria.
Coma acarajé seja ele de Jesus ou das baianas, porque antes de qualquer coisa é preciso lembrar a máxima que nosso Mestre nos ensinou:     
      
AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI.

Nós não somos iguais a Jesus e mesmo assim Ele nos amou, nas nossas diferenças e nas nossas semelhanças. Falemos menos e pratiquemos mais. Viva o amor.

Flor de Lótus.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Oração da Serenidade

Concede-me, Senhor,
A serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar;
Coragem necessária para modificar as coisas que Eu posso modificar;
E sabedoria para distinguir a diferença.
Vivendo um dia de cada vez;
Desfrutando um momento de cada vez;
Aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar a paz;
Aceitando, como Jesus, que o mundo é tal como é,
E não como eu gostaria que fosse;
Confiando que Oxalá fará bem todas as coisas
Se eu me render à Sua vontade;
Para que eu possa ser moderadamente feliz nesta vida e 
supremamente feliz com Oxalá no coração
Para sempre.

Atabaques

Há um sentido mágico musical no toque dos instrumentos dos terreiros. Não é um simples acompanhamento destituído de qualquer significado. É mais do que isso, pelo campo de vibrações que emerge da sonoridade de cada instrumento e do ritmo no seu conjunto.
A música representa para o homem um caminho de ligação sobrenatural e para o sobrenatural, pelo qual se afiniza seletivamente em vários campos de vibrações.
Os atabaques são tambores de diversos feitios, confeccionados em madeira e recobertos de couro, mas em três tamanhos e sons diferentes: o maior é o rum, o médio é o rumpi, e o menor é o lé.
Procura-se através de uma vibração afinada, obter-se a harmonia para aproximação dos guias espirituais, para manter a concentração da corrente, para a elevação de quem toca e para repousar a mente de quem escuta que necessita se afinizar com o meio.
O som dos atabaques serve para marcar a abertura, a defumação, a chegada dos guias.
O som dos atabaques serve para ativar os chacras ou pontos de energia no corpo melhorando a sintonia com a espiritualidade e criando condições idéias para a prática da incorporação.
As ondas sonoras vão dissolvendo os pensamentos negativos, as energias negativas agregadas as auras das pessoas melhorando o ambiente.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Madre Tereza de Calcutá.

Essa oraçao é para todos, mas em especial àqueles que como bons brasileiros nao desistem nunca...
Muitas vezes as pessoas são egocêntricas ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-la de egoísta, interesseira.
Seja gentil assim mesmo.
Se você é uma vencedora, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.
Se você é honesta e franca, as pessoas podem enganá-la.
Seja honesta assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.
Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.
O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã.
Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode não ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.
Veja você que, no final das contas é entre você e Deus.                                   

Nunca foi entre você e as pessoas.

Nossa Umbanda é tão rica

Nossa Umbanda é tão rica, tem tantos simbolismos e fundamentos, tudo é tão claro e evidente, que não devemos deixar passar despercebido, como acontece continuamente. Não devemos acomodar nosso raciocínio e nosso sentido de lógica. Mesmo porque, nossa fé vai até onde nossa mente permite, vai até onde obtemos respostas.
Acredito ser evidente a todos que quando não sabemos ou não entendemos algo, não acreditamos, portanto fica impossível vivenciar ou compartilhar o seu sentido correto e sincero. Isso é ser prisioneiro de si mesmo, é ser escravo do comodismo e da preguiça. Temos que sair das nossas próprias Senzalas, parar de nos curvar às imposições dos Senhores da Irresponsabilidade que existem dentro de nós e viver, vivenciar a Umbanda na sua plenitude. Conscientes de cada ato, de cada movimento e de cada fundamento.
Acredito que poucas pessoas sabem o que acontece no astral e qual ponto específico está sendo ativado quando um Guia estala os dedos. Acredito que poucos sabem por que um Guia manca ou porque eventualmente é solicitado ao consulente acender uma vela. Acredito que poucos médiuns sabem por que batemos palmas ou porque batemos a cabeça em nossos rituais.
Realmente é uma pena!
Por isso que o estudo é importante, ele traz lógica para as coisas e quando sabemos o que estamos fazendo fica tudo mais fácil, fica tudo mais claro e simples, afinal, temos medo do desconhecido e isso faz parte de nosso instinto, de nosso ser. Toda mudança, toda dúvida, toda falta de resposta causa insegurança, medo e enfraquece nossas ações conscientes e inconscientes.
Tenho certeza que quando o médium souber que ao estalar os dedos o Guia está ativando o Monte de Vênus (região da palma da mão próxima ao polegar) que está ligado ao Chacra Frontal trazendo melhor racionalidade e controle sobre as emoções, propiciando uma poderosa descarga etérica, algo parecido com bombas astrais que des-impregnam a aura do consulente, tudo ficará diferente, o sentido mudará, a fé se fortalecerá e os trabalhos espirituais melhorarão muito.
E isso não é invenção minha, é LÓGICA. Clara, real e verdadeira. Assim como nossa UMBANDA É, basta buscar sua lógica.
E para que vocês não fiquem sem respostas, seguem pequenas explicações para os “porquês” mencionados acima.
Mas esclareço: só irei apontar alguns itens aqui, é importante que estudem que se esforcem e que se dediquem à Umbanda, afinal só amamos aquilo que conhecemos, só temos fé naquilo que acreditamos e só acreditamos naquilo que conhecemos, portanto só temos fé naquilo que amamos.
Porque um Guia manca – assim como as palmas das mãos e as orelhas, nossos pés se comunicam com todas as partes do nosso corpo, neles estão terminais nervosos que se comunicam com nossos chacras e com nosso sistema nervoso, portanto quando o Guia manca ou bate o pé no chão ele está ativando pontos energéticos específicos, está ativando chacras, mandando mensagem para nosso sistema nervoso, além é claro, de ativar a energia da terra para descarregar o próprio médium. O mancar do Guia nada tem a ver com uma deficiência física, mesmo porque Ele não tem corpo físico.
Porque acender vela na igreja – as Entidades que fazem parte da estrutura religiosa umbandista conseguem atingir, atuar e trabalhar em todas as outras religiões, doutrinas e cultos, portanto quando um Preto Velho, por exemplo, pede para um consulente ir à igreja acender velas para almas, ele está enxergando um espírito que, possivelmente, está incomodando o consulente e que necessita de um direcionamento dentro de sua realidade religiosa, que não é a Umbanda. Assim sendo, esse espírito é “levado” para sua realidade espiritual, nesse caso, para a realidade católica. Não adianta querer doutriná-lo, direcioná-lo ou forçá-lo dentro da Umbanda, ele não entende, não se afiniza e, muitas vezes, não quer essa ajuda e quando ele recebe o amparo dentro de sua realidade, com a reza ou com o auxilio da igreja, com certeza o respeito e o livre arbítrio são exercidos sobre esse espírito.
Porque batemos palma – nossas mãos possuem uma quantidade enorme de terminais nervosos, que se comunica com cada um dos chacras de nosso corpo: Dedo Polegar: Chacra Esplênico (região do baço); Indicador: Cardíaco (coração); Anular: Genésico ou Básico (base da espinha); Médio: Coronal (alto da cabeça); Mínimo: Laríngeo (garganta); na região quase central da mão: Chacra Solar (estômago); próximo ao monte de Vênus: Chacra Frontal (testa), portanto quando batemos palmas ativamos todos esses chacras, portanto ativamos nossa energia interna, nossa capacidade de doar e receber energia, também criamos ondas de energias vibrantes e estimulantes que envolvem todos que estão à nossa volta. Depois de uma seqüência de palmas estamos com maior facilidade de percepção espiritual, incorporamos, percebemos e sentimos mais facilmente o plano espiritual.
Porque batemos a cabeça – batemos a cabeça por três motivos: primeiro porque na terra é que foram enterrados os assentamentos dos Orixás quando os negros ainda se encontravam na condição de escravos, tradição essa que continua até nos dias de hoje, ou seja, é na terra que estão assentadas as maiores Forças de um Terreiro, portanto quando batemos a cabeça, estamos sobre os assentamentos, batendo cabeça às tradições, aos Orixás, nos reverenciando e entregando nossa Coroa, nosso coração, nosso corpo e nosso espírito aos nossos ancestrais e aos Orixás; segundo: o elemento terra transmuta, cura e energiza, ou seja, quando batemos cabeça transmutamos nossos pensamentos, curamos nosso emocional e energizamos nosso espírito; terceiro: é na terra que estão enterrados nossos ancestrais e toda a sabedoria de nossos anciãos, portanto ao batermos nossa cabeça todo o conhecimento e sabedoria que ‘mora’ na terra tende a envolver nosso espírito.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Oração a Preto Velho

Dou início a essa sessão: Orações, com uma oração aos Pretos velhos. Meu primeiro contato com um pretinho foi de carinho, confiança e dedicação. Ele sem dúvida me ensinou a amar a Umbanda.
Meu segundo contato com um pretinho foi de aprendizado: aprendizado da paciência: “tenha paciência, tudo tem o seu tempo”.
E eu aprendi que nada nessa vida pode acontecer se não soubermos ter paciência: com nós mesmos, com os outros e com o Universo. 
 Por isso nossa primeira oração vai para os nossos queridos Pais Velhos:

Preto velho que está em nosso coração.
Abençoado seja seu nome no céu.
Tu que já galgastes as escaladas luminosas da espiritualidade
Anima-nos a prosseguir impávidos e serenos através dos obstáculos da vida e combate em nós o desanimo traiçoeiro que como o banzo fatídico, nos aniquila o ser.
Ajuda-nos a vencer na vida material, assim como quando em vida tu ajudaste com teu labor escravo o seu senhor.
Ensina-nos a ter com tua experiência milenar, a calma, a resignação, a compreensão que muito necessitamos e que estejamos sempre contigo.
A vós, bondosos pretos velhos, oferecemos essa prece, reafirmando nossa fé, nossa crença e a nossa esperança na tua força espiritual, sempre a serviço do bem.
Protege-nos e dá-nos a coragem que às vezes nos falta para poder prosseguir na nossa jornada, e que algum dia tenhamos merecimento para receber as graças de Deus.
Protege aqueles que ainda vivem de forma escrava e nos auxiliem a provocar a libertação desses filhos de Deus.
Assim seja.

Umbanda tem fundamento

Acredito que todos sabem que os quatros elementos da natureza, ar, fogo, terra e água, são essenciais para a sobrevivência do ser humano e para existência do mundo.
Aliás, grandes pensadores da Grécia antiga afirmavam que esses elementos formavam todas as coisas, inclusive o mundo.
Para Thales de Milleto (nascido por volta 625 a.C.) – primeiro filósofo ocidental de que se tem notícia – acreditava que a origem estava na Água e afirmava: “O mundo evoluiu da água por processos naturais”.
Já Anaxímenes (nascido por volta 588 a.C.) dizia que tudo provém do Ar e retorna ao Ar e afirmava: “Exatamente como a nossa alma, o ar mantém-nos juntos, de forma que o sopro e o ar abraçam o mundo inteiro…”. Anaxímenes fez analogias entre o Ar-divino, que sustenta o Universo, e o ar-humano, ou alma, que dá vida aos homens.
O filósofo pré-socrático considerado o “pai da dialética” Heráclito (nascido por volta 540 a.C.) argumentava que o fogo era o agente criador. Afirmava que o fogo, quando condensado, se umidifica e, com mais consistência, torna-se água; e esta, solidificando-se, transforma-se em terra; e, a partir daí, nascem todas as coisas do mundo.
E por fim, Empedócles de Agringento (nascido por volta 495 a.C.) – filósofo, médico, legislador, professor, profeta – concluiu que tudo era formado por quatro elementos, portanto, são essenciais e formam toda a estrutura do mundo.
No entanto, penso que nem todos sabem ou percebem o quanto esses quatros elementos são fundamentais para a Umbanda e para concretização de várias ações magísticas realizadas e ativadas pela Umbanda.
E antes que alguns se espantem pela afirmação de que a Umbanda realiza e ativa ações magísticas. Abro um parêntese para afirmar que todas as religiões manifestam “ações magísticas”.
Magia é a capacidade de transformar, mudar, alterar e modificar energias, situações e vibrações. E como todas as religiões, entre tantas outras coisas, também têm a função de mudar energias, de transformar sentidos, sentimentos e vibrações, de transmutar determinadas condensações magnéticas e modificar formas-pensamentos contrárias a qualquer sentido positivo e divino, são, portanto, magísticas.
O que ocorre é que para algumas religiões, como é o caso da Umbanda, essas ações magísticas são mais visíveis, compreensíveis e assumidas, outras já nem tanto, conseqüentemente, recebem nomenclaturas específicas para que se distancie o máximo possível de qualquer conceito ou referência magística como, por exemplo, fluidificação da água, novena, oração pela libertação, passe energético, corrente de oração. Percebam que todas essas ações têm também a função de transformar, mudar, alterar e modificar energias, situações e vibrações como qualquer ato magístico.
Vale ressaltar que Magia é a “Mãe” de todas as Ciências, pois é a manipulação e transformação da matéria, portanto até no simples ajoelhar para rezar, de acender uma vela, de dar um passe energético, de benzer, de defumar, de bater cabeça, encontramos ações magísticas, afinal  mudamos nossas energias ao manifestar tais atos, não é mesmo?
O caso é que a Umbanda é uma religião que assume claramente sua capacidade de transformação usando potencialmente os quatros elementos, portanto tem grande capacidade de modificar qualquer situação e energia. Não é a toa que os terreiros de Umbanda estão lotados de pessoas necessitando de mudanças drásticas em suas vidas.
O caso é que a Umbanda é uma religião ligada essencialmente à natureza, ou seja, essencialmente aos quatros elementos da natureza, tanto é que os Orixás representam essas forças da Natureza. Assim sendo, Oxum, Iemanjá manifestam energia da água, Ogum e Iansã energia do ar, Xangô e Exu energia do fogo, Obaluayê e Oxossi energia da terra.
O caso é que a Umbanda utiliza ativamente e potencialmente o “Éter vital” ou “Prana” desses elementos da natureza em seus rituais para transformar, transmutar, potencializar, curar, equilibrar qualquer energia.
O fato é que o AR, a TERRA, o FOGO, a ÁGUA são a base de nossa Umbanda, seja nos rituais, nos atos magísticos como manipulação de energias, nas manifestações das Forças naturais dos Orixás, nos assentamentos…
Portanto é importantíssimo saber e entender o que representam esses quatros elementos, assim como atuam, o que significam, o que ativam o que realizam em nós e de que forma.
É importantíssimo que os médiuns umbandistas saibam sobre as forças e os poderes essenciais e vibracionais de cada elemento. É fundamental que saibam como fazer uso de forma adequada, positiva e benéfica desses elementos, assim como, entenderem o que os Guias de Luz estão manipulando e quais suas intenções ao acenderem uma vela (manipulação da energia Fogo), ao borrifarem água (manipulação da energia Água), ao exalarem fumaça do charuto (manipulação da energia Ar), ao colocar as mãos, guias, água no chão (manipulação da energia Terra), ao pedirem uma oferenda em determinados campos de força, entre tantas outras coisas.
Enfim, aproveitem as relações energéticas, magnéticas e vibracionais desses quatros elementos que pontuo abaixo e perceba o quanto a Umbanda tem fundamento, só é preciso Saber Preparar

ÁGUA: A energia da água pode estimular a intuição e ajudar a expressar os sentimentos com mais facilidade. Atua também em questões práticas, como adquirir jogo de cintura em situações complicadas  e vencer a timidez. Elemento que simboliza a Vida, que Alimenta, que ‘lava’ (descarga fluídica) e ‘conduz’ (meio condutor de fluidos). Lida diretamente com as questões EMOCIONAIS. As oferendas feitas  à beira d’água limpam, sutilizam e magnetizam o corpo astral.


FOGO: A vibração do elemento fogo certamente proporciona mais entusiasmo e otimismo. Potencialmente usado para transformar o sentimento de desânimo, para motivar ações, nos momentos de colocar objetivos em prática e ainda aumenta a criatividade e bom humor. Elemento que simboliza o “espírito vivo”, a purificação e a Luz, é energia purificadora e energética. Lida diretamente com as questões do DESTINO. As oferendas feitas perto do fogo como são no caso de fogueiras, queima miasmas, larvas astrais e energiza.

TERRA: Este elemento está ligado às conquistas materiais, à saúde e ao trabalho. Sua influência é ideal a quem busca segurança e determinação, para começar um projeto novo ou procurar emprego. Energia transformadora e curadora. Lida diretamente com as questões do FÍSICO. As oferendas feitas diretamente na terra potencializam o magnetismo mental e a concentração energética fortalecendo a pessoa vibratoriamente.

AR: O elemento ar pode ser ativado para desenvolver a inteligência, o lado racional, a memória e a capacidade verbal e corporal. Energia expansora e movimentadora. Lida diretamente com as questões do MENTAL. As oferendas feitas em campos abertos, ativando a energia do ar, dilatam os sete corpos e deixa a pessoa mais leve e harmonizada.



(Por Mãe Mônica Caraccio)

Pedras e ciladas

A mediunidade, assim como qualquer outro caminho espiritual, é um caminho que deve ser trilhado com passos firmes, discernimento e esforço, para que ele realmente possa ser aproveitado e contribua para o engrandecimento do espírito. Muitas dificuldades assolarão o médium, desde seu desenvolvimento, até o fim de seu mandato mediúnico. Mas não esqueça que são essas pedras e ciladas, verdadeiros professores da escola física.
A pedra da descrença, que testará sua fé e seu amor dentro do mediunismo. Que te ensinará a não esperar por milagres e fenômenos, mas sim, buscar o desenvolvimento interno, a evolução e melhoramento da consciência dentro dos trabalhos mediúnicos.
Essa pedra que muitos atirarão sobre você, e que fará você desenvolver o sorriso e a paciência verdadeira. Mais do que isso, fará você desenvolver confiança em si mesmo e no seu trabalho, passo primordial para o despertar da fé viva. Apenas com a descrença, aprendemos a confiar. Não mais com a mente, mas ouvindo e vivenciando o coração.
 
 “Acredite em seu coração!
Nesse congá interno;
Jacutá lindo e belo,
As flores dos Orixás desabrocharão...” 


A cilada da vaidade, que desmascarará o tolo ego, expondo-o ao ridículo do individualismo.
Mediunidade é um trabalho coletivo, uma ação universal, que visa o Todo, nunca o eu.
É vencendo a vaidade que o médium dá provas de maturidade dentro das lidas de intercâmbio espiritual. É atravessando esse pântano do orgulho humano, que desenvolvemos a simplicidade, qualidade tão negligenciada em dias de materialismo tão ferrenho, onde mais vale o que se vê e o que se tem, do quê, o que se sente e o que se é.
  
“Ego, ego, que quer dominar,
Ego bobo, que a realidade gosta de enfeitar.
Nego véio senta no toco,
Pra simplicidade ensinar.” 

A pedra da crítica maldosa, que lhe mostrará como nossos olhos devem ser bondosos em relação ao semelhante e como palavras duras, impulsionadas pela imaturidade dos sentimentos, podem gerar grandes tristezas.
São as pedradas críticas que lhes farão compreender o valor do respeito em relação ao semelhante.
Tranqüilo, vença essas críticas, não com força bruta, mas com a serenidade de Oxalá. Lembrem-se, elas estão aí para te ensinar.
  
“Limpa os olhos meu filho,
Pra verdade você ver.
Limpa a boca menino,
Pra maldade perecer.” 

A cilada do conhecimento, que se é muito bom e pode acabar com a ignorância, não santifica ninguém.
Conhecimento não é um fim em si mesmo, mas um pequeno passo para a escola da sabedoria.
Quando o conhecimento nos mostra que nada sabemos, faz com que sejamos mais tolerantes com a ignorância alheia e, muito além de ser material teórico, ganha forma prática em nossa vida.
Mas, quando a arrogância faz morada nas palavras e a soberba nas posturas diárias, então o conhecimento será um grande empecilho para a realização espiritual.
  
 “Aprender, estudar e conhecer,
Trilhar o caminho com valentia...
Mas afinal, que livro poderá conter,
A divina e verdadeira sabedoria?” 

A pedra da ingratidão, que nos ensina o serviço desinteressado em recompensas, o agir pelo bem, puro e simples. A mediunidade é um milagre, uma dádiva amorosa dos Orixás, mas que não premia ninguém. O trabalho mediúnico é abnegação, desprendimento, altruísmo, caridade, mas não é uma cruz a ser carregada, ou uma missão sofrida.
O mediunato deve ser cumprido com um sorriso alegre e uma expressão de felicidade no rosto. Ele é uma dádiva. Nada se ganha com ele, mas ele faz um bem danado!

"Trabalhar, trabalhar e trabalhar...
Sorrir, sorrir e sorrir...
O que mais você quer?
O que mais a mediunidade pode lhe dar?"

A cilada do lobo, disfarçado em pele de cordeiro. A negação da sombra psicológica, com posturas superficiais. O falso pregar, o agir hipócrita e doentio. Lembrem-se: Toda palavra que sair da sua boca, deve ganhar forma em sua vida. Caso contrário ela não tem razão de ser. É uma pérola jogada fora.
 “Palavras e palavras...
Todas jogadas ao vento.
Mais vale as ações concretas,
Tomadas no meio do silêncio.” 

Muitas outras pedras serão atiradas, ou vocês mesmos atirarão no semelhante. Mas são dessas ações imaturas que nascerá a reflexão séria que leva a maturidade. Não se julgue mal e perdoe seu irmão de jornada. A mão que atira a pedra é a mesma que lhe ensina. Já quando for a sua mão a criminosa, pense por mil vezes a respeito disso. Nesse caso, é o alvo que lhe ensina.
Ciladas, também serão constantes. Algumas tentadoras, outras misteriosas, mas todas perecíveis à luz do coração. Ele é seu guia. Acenda-o e guia-te pelos caminhos tortuosos da Terra. No amparo espiritual estará sua maior força. Confie, ore, vigie e acredite!

 "Pedras e ciladas não faltarão!
Mas é na dificuldade,
Que aprendemos a ouvir o coração... ”
 
(Pai Antônio de Aruanda – Mensagem recebida por Fernando Sepe em 22 de novembro de 2006.)

Metáfora das mochilas

Recentemente ouvi uma metáfora sobre o comportamento humano muito interessante, que era mais ou menos assim:
“O ser humano caminha pelo mundo sempre em fila indiana. Carrega em sua jornada duas mochilas, uma na frente e outra em suas costas. Na da frente leva suas virtudes e qualidades e mantém seus olhos atentos a elas, na das costas leva seus defeitos e dificuldades. Carrega suas virtudes bem próximas ao peito, enquanto observa os defeitos e dificuldades do outro a sua frente, sem se dar conta que aquele que vem atrás, pensa o mesmo dele”.
Este pequeno texto foi encaminhado por e-mail e o autor eu desconheço, mas achei que poderíamos a partir desta cena convidá-los a continuar desenvolvendo essa metáfora, sendo que talvez ela nos seja útil para entendermos alguns dos nossos comportamentos.
Essas mochilas fazem parte de nós. Durante nosso desenvolvimento emocional alimentamos nossas mochilas com nossos conhecimentos e desconhecimentos de nós mesmos. As confirmações e negativas às quais somos submetidos todo o tempo, vão carregando-as, ora a da frente, ora a de trás. Elas são responsáveis, entre outras coisas, por nossa auto percepção, segurança interna e auto estima que influenciam e moldam nossas propostas de relação.
Realmente trazemos dentro de nós esta difícil equação. Como nos relacionarmos de forma positiva e saudável, sem enaltecermos demasiadamente as nossas qualidades, e nem negá-las ou envergonhar-se delas? A busca pela saúde emocional nos leva a andar simplesmente, ora lado a lado, ora em nossa velha fila indiana, ora alternadamente, buscando relações simétricas e algumas vezes complementares, mas tentando olhar e aceitar nossas diferenças e similaridades que regem a intensidade do ser humano.
Quanto às dificuldades e defeitos, continuaremos a observá-los e a carregá-los, mesmo que andemos lado a lado. Precisamos de nossas mochilas traseiras para contrabalançar o peso que carregamos, mantendo nossas costas eretas e retas. Quando valorizamos demais nossas virtudes e nos cegamos aos nossos defeitos, tornamos nossa mochila da frente muito pesada o que obriga nosso corpo a dobrar-se para frente e impede que vejamos com clareza nosso objetivo. Como conseqüência, passamos a observar e a valorizar atentamente cada pedra de nosso caminho, já que estamos totalmente inclinados e com nossa atenção voltada às pedras. Estas seriam comparadas aos sentimentos de inveja que atraímos para nós.
Se carregarmos demais nossa mochila das costas, exacerbando nossos defeitos e dificuldades, forçamo-nos a olhar para o céu, buscando um ideal, uma perfeição. Como resultado, nos cegamos com o excesso de luz, perdendo o referencial de quem somos e do que é possível e desejado, e ficamos apenas com a lembrança de quem gostaríamos de não ser (nós mesmos). A insatisfação, nos torna rígida e exigente, donos de uma autocrítica implacável e na maioria das vezes surge uma imensa solidão como resultado.
Engana-se aquele que acredita que a saída está em negar a mochila das costas, pois não temos como descartá-la, ela faz parte de nós. Engana-se também quem acredita que a solução seja completar a mochila da frente, pois ela se tornará pesada demais e o resultado já conhecemos.
Talvez a saída esteja no entendimento que temos sobre o conteúdo de nossas mochilas, as duas faces de tudo, bem e mal intercalados e complementares. Aprender com nossos defeitos e dificuldades, conhecendo-os primeiramente, ou seja, passando-os da mochila de trás para a da frente, transformando-os em características e aceitando o seu lado positivo, é o movimento essencial do autoconhecimento. No começo pode tratar-se de uma jornada difícil, pois alguns passos parecem mais cansados e pesados, mas aprimorando nosso processo descobrimos que o que entendíamos como defeitos são velhos e conhecidos resultados presentes em muitos de nossa fila indiana.

E aí, como se encontram as suas mochilas?


(enviado por: Alexandre Yamazaki)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Almas perfumadas

Tem momentos que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Nessas horas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. A gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.
Tem momentos que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Tem momentos que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu. Nestes momentos a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. A gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Tocando com os olhos os olhos da paz.
Tem momentos que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não larga. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. A gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Assim é a linha de Erês, a Linha das Crianças da Umbanda (*), composta por Entidades iluminadas, por espíritos que se plasmam e que se “vestem” como crianças para gerar a energia de alegria, pureza, doçura e irmandade, qualidades que muitas vezes estão distantes do mundo dos adultos, dos sérios e responsáveis.
Na UMBANDA são grandes renovadores de nossos sentimentos, amparados pela irradiação de Oxum e seu imenso Amor.
Crianças, Erês, Ibejadas trabalham com tanta força, com tanta pureza e simplicidade, que uma “simples” bala imantada por eles suaviza nossa alma e adoça nossa vida.
Não devemos subestimar essa Linha de Trabalho ou julgar a forma que se apresentam, são espíritos elevados que brincam trabalhando e trabalham brincando.
Ao lado deles, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

(Adpatação do texto da autora : Ana Jacomo) 
(*por:  Mãe Mônica Caraccio)