A água, o fogo, a terra e o ar pensaram em deixar uma recordação que perpetuasse através das idades a felicidade de seu encontro. Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um deles harmonicamente combinados, fosse também a expressão de suas diferenças e independência, e servisse de símbolo e exemplo para o homem. Eu porei as melhores forças de minhas entranhas - disse a terra - e alimentarei suas raízes. Eu porei as melhores linfas de meus seios - disse a água - e farei crescer sua haste. Eu porei minhas melhores brisas - disse o ar - e tonificarei a planta. Eu porei todo o meu calor - disse o fogo - para dar às suas corolas as mais formosas cores. Fibra sobre fibra foram construídas as raízes, a haste, as folhas e as flores. O sol abençoou-a e a planta deu entrada na flora regional, saudada como rainha. Quando os quatro elementos se separaram, a Flor de Lótus brilhava no lago em sua beleza imaculada, e servia para o homem como símbolo da pureza e perfeição humana. Tal como a flor do lótus cresce da escuridão do lodo para a superfície da água, abrindo suas flores somente após ter-se erguido além da superfície, ficando imaculada de ambos, terra e água, que a nutriram - do mesmo modo a mente, nascida no corpo humano, expande suas verdadeiras qualidades (pétalas) após ter-se erguido dos fluidos turvos da paixão e da ignorância, e transforma o poder tenebroso da profundidade no puro néctar radiante da consciência Iluminada. Se o impulso para a luz não estivesse adormecido na semente profundamente escondida na escuridão da terra, o lótus não poderia se voltar em direção à luz. Se o impulso para uma maior consciência e conhecimento não estivesse adormecido mesmo no estado da mais profunda ignorância um Iluminado nunca poderia se erguer da escuridão.
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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Não se zangue



A raiva teve sua importância na pré-história para garantir a sobrevivência da espécie.

Se não for dominada derrama um poderoso veneno dentro de nós mesmos. A raiva gera aflições físicas e emocionais. Prejudica a saúde do corpo, ofusca o entendimento, cega a razão.

Bloqueia o chacra básico diminuindo nossa força física.

Altera o batimento cardíaco e sanguíneo.

Perdemos muita energia com a raiva.

Conta uma velha lenda budista que um menino de mau gênio certa vez recebeu de seu pai um saco de pregos para pregar na porta cada vez que perdesse a paciência.

No primeiro dia ele pregou trinta e sete pregos. No segundo dia 20. No terceiro dia 15.

A medida que aprendia a controlar o seu gênio pregava menos pregos.

Com o tempo descobriu que era mais fácil controlar o gênio raivoso que pregar pregos. E mostrou ao pai que não pregava mais pregos.

Seu pai sugeriu então que ele retirasse um prego a cada dia sem raiva. Quando ele mostrou ao pai que não havia mais pregos na porta o pai o fez perceber que a porta com todos aqueles buracos não seria mais a mesma – cicatrizes ficam para sempre.

Os outros nos causam raiva, mas ninguém é culpado pelas nossas emoções, a reação é nossa.

Podemos atenuar nossas reações experimentando a paz. Você não pode mudar o seu exterior, mas pode atenuar a sua reação.

E não adianta reprimir a raiva, tem que transformar e não se afetar.

É sábio sair de perto do que nos causa raiva. Recuperamos a calma, não reagindo impulsivamente. Dê uma volta. Beba um copo de água. Medite. Faça uma caminhada. Faça uma oração.

O silencio muitas vezes é a melhor saída. Sabermos aguardar o momento certo é a melhor pedida.



Johnny de`Carli