É comum ao se entrar nos
terreiros, no momento do atendimento com os guias, o se tirar o sapato. Será
uma questão apenas de respeito?
Em parte, a bem da verdade,
tira-se o sapato ao se entrar nos terreiros, por uma questão de respeito.
No entanto, a retirada dos
sapatos se prende, antes de qualquer coisa a que, nos sapatos, são sempre
encontradas as vibrações de todos os lugares por onde se tenha passado. Vibrações
essas que, logicamente, nem sempre são boas.
Alem disso, o fato de se
estar descalço num terreiro, nos permitirá entrar em contato mais direto com a
terra, o solo, facilitando, assim, o descarregamento ou descarga dos maus
fluidos.
Num terreiro também é comum
o silêncio, o silencio é uma prece porque o que sai da boca é força criadora. A
palavra é um dos meios de manifestação do Divino na terra, e quando proferida
passa a produzir efeitos; não há como fazê-la retornar. Por isso, ao adentrar
um terreiro de umbanda, pense antes de falar.
Muito antes da sua chegada
os guias ou mentores já estão organizando, no astral, todo o aparato necessário
para providenciar o socorro e a cura dos espíritos doentes e sofredores.
Portanto, não seja o
porta-voz das sombras, trazendo desarmonia para o ambiente. Facilite o trabalho
adotando uma postura de imparcialidade diante do momento existencial e da dor
de cada um.
Atente para o que você fala.
Boas palavras são as que edificam, elevam e agradam.