O Deus com quem converso não é uma pessoa, não é pai de
ninguém.
O Deus com quem eu converso é uma idéia, uma energia, uma
eminência.
Não tem rosto, portanto não tem barba.
Não caminha, portanto não carrega um cajado.
Não caminha, portanto não carrega um cajado.
Não está cansado, portanto não está sempre no trono.
O Deus que me acompanha vai muito além do que me mostram as
religiões.
E como ele me deu o Livre-Arbítrio, sou eu apenas que
respondo e responderei pelos meus atos.
Não há outra forma de falar sobre Deus a não ser falando
sobre nós mesmos. Deus é um espelho no qual a imagem da gente aparece refletida
com as cores da eternidade.
Quer ver Deus? Veja a beleza do sol que se põe.
Quer ouvir Deus? Entregue-se à beleza da música.
Quer sentir o cheiro de Deus? Respire fundo o cheiro do jasmim.
Quer saber como é o coração de Deus? Empurre uma criança num balanço, porque Deus tem um coração de criança.
Quer ouvir Deus? Entregue-se à beleza da música.
Quer sentir o cheiro de Deus? Respire fundo o cheiro do jasmim.
Quer saber como é o coração de Deus? Empurre uma criança num balanço, porque Deus tem um coração de criança.
“Deus é como o vento. Sentimos na pele quando ele passa,
ouvimos a sua música nas folhas das árvores e o seu assobio nas gretas das
portas. Mas não sabemos de onde vem e nem para onde vai.
Na flauta o vento se transforma em melodia. Mas não é
possível engarrafá-lo.
Tudo o que vive é pulsação do sagrado.
As aves dos céus,
os lírios dos campos...
Até o mais insignificante grilo, no seu cricri rítmico,
é uma música do Grande Mistério.
É preciso esquecer os nomes de Deus que as religiões inventaram para encontrá-lo sem nome no assombro da vida.
‘Sejamos simples e calmos como os regatos e as árvores, e Deus amar-nos-á fazendo de nós belos como as árvores e os regatos, e dar-nos-á verdor na sua primavera e um rio aonde ir ter quando acabemos.’ (Alberto Caeiro )”
É preciso esquecer os nomes de Deus que as religiões inventaram para encontrá-lo sem nome no assombro da vida.
‘Sejamos simples e calmos como os regatos e as árvores, e Deus amar-nos-á fazendo de nós belos como as árvores e os regatos, e dar-nos-á verdor na sua primavera e um rio aonde ir ter quando acabemos.’ (Alberto Caeiro )”
Rubem Alves
Nenhum comentário:
Postar um comentário